As loterias fazem parte da vida do brasileiro há séculos. Muito antes de virarem jogos multimilionários como a Mega-Sena, elas já movimentavam sonhos, bilhetes e esperanças. Mas você sabia que tudo começou ainda no período imperial?
A primeira loteria oficial do Brasil foi criada em 1784, no então Rio de Janeiro colonial, como uma forma criativa (e eficaz) de arrecadar fundos para obras públicas. A ideia era simples: vender bilhetes numerados e sortear prêmios — enquanto parte da arrecadação ajudava a financiar hospitais, igrejas e até eventos culturais. Ou seja, ganhar na sorte e ainda ajudar o país!
Com o tempo, a prática se espalhou por várias províncias e caiu no gosto do povo. Era uma chance real, acessível, de mudar de vida em um Brasil marcado por dificuldades sociais e econômicas. O jogo da sorte passou a ocupar um espaço cultural: havia quem jogasse seguindo promessas, simpatias, números de sonhos e até presságios do destino.
No entanto, foi apenas em 1962, com a fundação da Loteria Federal, que o governo organizou o sistema como conhecemos hoje. A Caixa Econômica Federal assumiu a missão de administrar as loterias e garantir sua credibilidade. A arrecadação passou a ser revertida em benefícios para áreas como saúde, educação, cultura e segurança — algo que permanece até hoje.
Nas décadas seguintes, surgiram os jogos que se tornaram ícones da cultura popular brasileira: Loteca, Lotofácil, Quina, Lotomania e, claro, a Mega-Sena, lançada em 1996, que se tornou o maior e mais famoso concurso de todos.
Desde então, jogar na loteria virou tradição: toda semana, milhões de brasileiros conferem seus números com o coração acelerado, sonhando com aquela virada de sorte que pode mudar tudo. E por trás dos sorteios, há uma história rica em esperança, engenhosidade e brasilidade.
✨ Afinal, mais do que jogos, as loterias brasileiras são uma expressão do nosso eterno desejo de vencer, transformar e acreditar que amanhã pode ser ainda melhor.